terça-feira, 26 de junho de 2007

ANIVERSÁRIO


Fez ontem dois anos que iniciei este blog, o que para mim foi uma verdadeira aventura pois desconhecia a existência destes espaços. Comecei sem fotos, sem música e sem vídeos. Tudo isso foi aparecendo devido à paciência e amabilidade de alguns amigos virtuais a quem recorri, através de e-mails, e que tudo isso me ensinaram.
É verdade! Então comecei a tomar o gosto e tenho-me mantido até agora, embora muitas vezes a inspiração não me ajude. A eles o meu obrigada. Agradeço também a todos os que por aqui passam, mesmo aqueles que não deixam sinal.

Este foi o primeiro texto do Andorinha Negra:

Sábado, Junho 25, 2005

À PROCURA DO TEMPO PERDIDO

Ruas ruidosas, carros disparados em corrida louca, todos como que empenhados na ideia de quem vai chegar primeiro.Pessoas que se cruzam, que se chocam, que se acotovelam, ora agressivas, ora indiferentes, sem darem pela passagem de um rosto conhecido, sem um simples olhar de fraternidade ou compreensão. Expressões fechadas, palavras secas, desagradáveis, sempre prontas a saltar e a ferir. Olhares hostis de olhos que vendo são cegos, porque aliados a corações insensíveis só se debruçam, obsecada e egoisticamente sobre o seu "Eu", sobre o seu mundo interior, limitado pelas suas conveniências, sem tempo para dedicar aos outros.
Todos os dias o espectáculo degradante dos que se insultam e não respeitam o direito de precedência nas filas dos transportes públicos.

Aqui, mesmo a nosso lado, está o que poucos vêm: corações que há muito esperam pela palavra mágica que dulcifique e preencha o vácuo de uma vida de solidão; ombros que se vergam sob o peso dos anos; mãos implorantes que se estendem, como aquelas mãos tristes e enrrugadas que recolhem as poucas moedas que os menos indiferentes deixaram nelas caír, sem contudo se deterem.

Toda a vida pujante dum século febril rodopia e entontece, envolvendo na sua teia os corações e as almas. Uns querem agarrar o tempo, outros procuram o tempo perdido.

Leonor C.


Um abraço para todos.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

DOIS ANOS NA BLOGOESFERA

Faz hoje dois anos que iniciei este blogue o que para mim foi uma verdadeira aventura.Havia pouco tempo que tinha internet e até um mês antes desconhecia da existência destes espaços. Comecei sem fotos, sem músicas e sem vídeos. Tudo o que aprendi devo-o a amigos virtuais que me ensinaram a compreender e a modificar o template. Depois disso, tomei-lhe o gosto e lá continuei até agora, embora muitas vezes a inspiração não me ajude. O meu agradecimento a todos os que comentam e também a quem passa sem deixar sinal.



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Este é o texto com que iniciei o blogue Andorinha:



Sábado, Junho 25, 2005

À PROCURA DO TEMPO PERDIDO


Ruas ruidosas, carros disparados em corrida louca, todos como que empenhados na ideia de quem vai chegar primeiro.Pessoas que se cruzam, que se chocam, que se acotovelam, ora agressivas, ora indiferentes, sem darem pela passagem de um rosto conhecido, sem um simples olhar de fraternidade ou compreensão. Expressões fechadas, palavras secas, desagradáveis, sempre prontas a saltar e a ferir. Olhares hostis de olhos que vendo são cegos, porque aliados a corações insensíveis só se debruçam, obsecada e egoisticamente sobre o seu "Eu", sobre o seu mundo interior, limitado pelas suas conveniências, sem tempo para dedicar aos outros.


Todos os dias o espectáculo degradante dos que se insultam e não respeitam o direito de precedência nas filas dos transportes públicos.


Aqui, mesmo a nosso lado, está o que poucos vêm: corações que há muito esperam pela palavra mágica que dulcifique e preencha o vácuo de uma vida de solidão; ombros que se vergam sob o peso dos anos; mãos implorantes que se estendem, como aquelas mãos tristes e enrrugadas que recolhem as poucas moedas que os menos indiferentes deixaram nelas caír, sem contudo se deterem.


Toda a vida pujante dum século febril rodopia e entontece, envolvendo na sua teia os corações e as almas. Uns querem agarrar o tempo, outros procuram o tempo perdido.




Leonor C.





O meu abraço para todos.

sábado, 23 de junho de 2007

MENSAGEM


A vida dá-nos muitas lições. Temos muito para aprender, quando nos apercebemos que nem todas as coisas são como nós queremos ou imaginamos. Deixo-vos esta mensagem de Willian Shakespeare e desejo-vos um bom fim de semana.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

VIAJAR

"Viajar! Perder países!
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!

Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E a ânsia de o conseguir!

Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu."



Fernando Pessoa

sábado, 9 de junho de 2007

LIÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO...



Uma filha queixou-se a seu pai sobre a sua vida e de como as coisas estavam tão difíceis para ela. Ela já não sabia mais o que fazer e queria desistir. Estavacansada de lutar e combater. Parecia que assim que um problema estava resolvido um outro surgia.

Seu pai, um chefe de cozinha, levou-a até a cozinha dele. Encheu três panelas com água e colocou cada uma delas em lume alto. Em uma ele colocou uma cenoura, em outra colocou um ovo e, na última pó de café. Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra. A filha deu um suspiro e esperou impaciente, imaginando o que ele estaria a fazer.

Cerca de vinte minutos depois, ele apagou as bocas de gás; tirou a cenoura e a colocou em uma tigela. Retirou o ovo e o colocou em uma tigela; então tirou o café com uma concha e o colocou em uma tigela. Virando-se para a filha, perguntou:

- "Querida, o que estás a ver ?"

- "Cenoura, ovo e café," ela respondeu.

Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar a cenoura. Ela obedeceu e notou que a cenoura estava macia. Ele, então, pediu-lhe que pegasse o ovo e o quebrasse. Ela obedeceu e depois de retirar a casca verificou que o ovo endurecera com a fervura. Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do café. Ela sorriu ao provar seu aroma delicioso.

- "O que isto significa, pai?"


Ele explicou que cada um deles havia enfrentado a mesma adversidade, a água fervendo, mas que cada um reagira de maneira diferente. A cenoura entrara forte, firme e inflexível, mas depois de ter sido submetida à água a ferver, ela amolecera e se tornara frágil. O ovo era frágil - sua casca fina havia protegido o líquido interior, mas depois de ter sido fervidos na água, seu interior se tornara mais rígido.O pó de café, contudo, era incomparável. Depois que fora colocado na água a ferver, ele havia mudado a água.

Ele perguntou à filha:- "Qual deles és tu, minha querida? . Quando a adversidade bate à tua porta, como tu respondes?

És como a cenoura que parece forte, mas com a dor e a adversidade murcha, torna-se frágil e perde sua força?

Ou será que és como o ovo, que começa com um coração maleável, mas que depois de alguma perda ou decepção se torna mais duro, apesar de a casca parecer a mesma?

Ou será que és como o pó de café, capaz de transformar a adversidade em algo melhor mais ainda do que ele próprio?"

E tu o que és: cenoura, ovo ou café?


Ilda Oliveira- Histórias para todos

https://www.malhanga.com/musicafrancesa/becaud/au_revoir/

    Se fosses luz serias a mais bela   De quantas há no mundo: – a luz do dia! – Bendito seja o teu sorriso Que desata a inspiração Da minha...