domingo, 30 de outubro de 2005

MÃE

Obrigada Mãe, por todas as noites sem sono para me cuidar na doença, pelas lágrimas que chorou, por todos os sacrifícios que teve de fazer para que eu fosse o que hoje sou, por ter enfrentado o mundo por mim, por tudo o que me ensinou. Obrigada por ter estado incondicionalmente ao meu lado quando eu mais precisei de amparo e carinho e todos me abandonaram. Obrigada por ter cuidado dos seus netos e por estar a meu lado, dando-me força quando o mais velho partiu. Obrigada por me ter dado tudo, por se ter esquecido de si para me pôr em primeiro lugar. Obrigada por me ter ensinado tudo o que eu sei e por ter podido contar sempre com o seu amor.

Mãe... minha mãe...

PAI


Há tantos anos que partiste, Pai
E com que saudade recordo o teu olhar!...
Esse teu olhar em que me envolvias,
Esse teu doce modo de falar!...
No derradeiro olhar que me ofertaste
Li tristeza, mágoa incontida
De alguém que ainda está na terra
Acenando já o último adeus à vida.
Quando à despedida te beijei
Tua face serena e fria estava
E já não pudeste sequer sentir
As lágrimas e os beijos que te dava.
Porque partiste assim, subitamente,
Deixando-me só com minha dor, desesperada?
Não sabes que o maior tesouro do mundo
Comparado ao teu amor não vale nada?

Hoje nada mais tenho que esta dor infinda…
Não, não quero pensar que partiste de vez
Pois acredito que irei encontrar-te ainda!

sexta-feira, 28 de outubro de 2005

ERA UMA VEZ

A Mana Alice e eu


Todas as histórias começam por "era uma vez"... E todos nós temos a nossa história. Esta é a minha e começa assim:

Era uma vez uma menina moreninha e cabeluda que nasceu num radioso dia de Agosto, no lindo bairro de Alfama. Às sete horas da manhã fiz a minha aparição e logo gritei: "Aqui estou!". Sou da Freguesia de São Vicente de Fora e nasci em casa dos meus avós. Quem me ajudou nessa tarefa de vir ao mundo foi a minha tia, mais tarde madrinha, que era professora, parteira e enfermeira. Em qualquer das profissões era super- eficiente. Quando me agarrou pelas pernas e me deu um valente estalo no rabo para eu tomar ar, logo me fadou: "má e refilona como a madrinha!". Como vêm, também tive uma fada madrinha... Má não sou, ou por outra, não me considero, mas refilona, isso sim, embora com o tempo tenha melhorado...

Meu pai revia-se na sua menina pois eu era a carinha chapada dele... Super-protegida como se fosse de cristal, fui uma filha muito amada e a boneca da minha irmã, mais velha do que eu. Chamava-lhe Mana Alice e andava sempre atrás dela. Nunca mais me esqueci das histórias que me contava para eu comer. Nesse aspecto eu era uma pestinha... e só ela tinha paciência para me aturar!

Às vezes, mentalmente, recuo no tempo à procura da recordação mais longínqua da minha infância. Não sei se é sugestão, por causa de coisas que me contaram, se é verdade que me lembro do dia do meu baptizado, aos dois anos de idade . É um pouco duvidoso... Lembro-me de que, mesmo antes de saber ler, sempre que me sentava no bacio levava uma folha de jornal e, com o dedo, ia seguindo as linhas. Gostava de brincar às professoras. Quando fui para a escola primária e vi aquela porta enorme fechar-se pensei que nunca mais me iam buscar...

Vivíamos com os meus avós maternos. Ele era o algarvio mais calado que eu conheço. Era sapateiro, fazia sapatos para as artistas de teatro, coisas lindas... Gostava de ajudá-lo nos acabamentos e conhecia todos aqueles ferrinhos que ele utilizava pelos nomes. Ás vezes ia com ele à Baixa entregar a "obra" e enchia-o de perguntas acerca disto e daquilo, pois estava na idade das descobertas. Gostava imenso daquele casa velha e, quando penso nela parece-me que ainda estou a ver um raiozinho de sol, quentinho e poeirento a entrar pela janela da cozinha. Meu avô tinha um viveiro e criava canários. Como costuma dizer-se:" cresceram-me os dentes" a ver fazer sapatos e também a ver cuidar de canários!

Quando brincava com os meus tachinhos e panelinhas inventava coisas como por exemplo: o azeite era feito de raspas de lápis amarelo misturadas com água, e o vinagre de raspas de lápis verde. Imaginação infantil não tem limites!

Minha mãe fazia uns biscoitos de erva-doce, deliciosos e os pastéis de bacalhau feitos pela Mana Alice eram tentadores... E assim fui crescendo dividindo-me entre a minha casa e a dos vizinhos do andar de baixo, a Bia e o Sr. Eduardo. Por volta dos nove anos mudámo-nos para o bairro de Alvalade e começou uma nova fase da minha vida.

Há coisas que nunca se esquecem, por mais que o tempo passe, mas hoje fico por aqui. Talvez um dia continue...

BOM FIM DE SEMANA

Como habitualmente, aqui estou a desejar-vos um bom fim de semana.


quinta-feira, 27 de outubro de 2005

DÁ-ME A TUA MÂO...


Dá-me a tua mão... Aperta bem a minha e encosta-a ao teu peito. Quero sentir que estás aqui, que não és uma miragem, que não és um sonho do qual vou acordar para a dura realidade da vida. Dá-me a tua mão... Não, não precisas dizer nada... Olha-me nos olhos e comunguemos deste momento tão belo que é só nosso. Sabes, vou decorar cada pormenor do teu rosto, vou reter o teu calor até ao dia em que poderei de novo ter-te aqui, só para mim.

Agora vai... desprende a minha mão devagarinho...

PEQUENINA


És pequenina e ris... A boca breve
É um pequeno idílio cor-de-rosa...
Haste de lírio frágil e mimosa!
Cofre de beijos feito sonho e neve!

Doce quimera que a nossa alma deve
Ao Céu que assim te fez tão graciosa!
Que nesta vida amarga e tormentosa
Te fez nascer como um perfume leve!

O ver o teu olhar faz bem à gente...
E cheira e sabe, a nossa boca, a flores
Quando o teu nome diz, suavemente...

Pequenina que a Mãe de Deus sonhou,
Que ela afaste de ti aquelas dores
Que fizeram de mim isto que eu sou!
Florbela Espanca

terça-feira, 25 de outubro de 2005

QUATRO MESES



Pois é, hoje venho dizer-vos que faço quatro mesinhos... Aliás, há algumas horas que queria comemorar convosco, mas fazia questão de colocar uma imagem com movimento, colorida e bem ternurenta, mas não consegui. Umas vezes não aparecia nada, outras vezes saía tudo deturpado. Não tive outro remédio que não fosse optar por esta substituição. Para uma andorinha teimosa como eu isto é o máximo! Mas enfim, lá saiu qualquer coisa...

Agradeço-vos a companhia que me têm feito e espero que continuem comigo.
Um grande abraço parar todos!

domingo, 23 de outubro de 2005

OUTRORA


Aquela que eu já fui e já não sou
Perdeu-se nos caminhos desta vida.
Fui primavera que não mais voltou,
Sombra de fumo quase esmaecida.

Recordo todo o tempo que passou,
Sonhos de glória todos já perdi
E a única migalha que inda ficou
Nem sequer é minha, pertence a ti.

Só esta saudade enorme é toda minha
Não me abandona por um só momento,
Falando-me de ti a cada passo…

Saudade da saudade que já tive,
Lágrimas silenciosas que deslizam
E caiem, tristemente, em meu regaço

SER HOMEM

-Sentir a dor física de uma bolada nos tomates
- A tortura de usar fato e gravata no Verão
- O suplício de fazer a barba todos os dias
- O desespero das cuecas apertadas
- A loucura que é fingir indiferença diante de uma mulher sem soutien
- A loucura de resistir olhar para umas pernas com mini-saia
- Ir à praia e resistir olhar para aquele mulherão que está deitada ao lado
- Viver sob o permanente risco de ter de andar à porrada
- Vigiar o grelhador no churrasco ao fim de semana, enquanto todos se divertem
- Ter sempre de resolver os problemas do carro
- Ter de reparar na roupa nova dela
- Ter de reparar que ela mudou de perfume
- Ter de reparar que ela mudou a tinta do cabelo de Imedia 713 para 731/loiro/bege
- Ter de reparar que ela cortou o cabelo, mesmo que seja só 1 cm.
- Ter de jamais reparar que ela está com um pouco de celulite
- Ter de jamais dizer que ela engordou, mesmo que seja a pura verdade
- Desviar os olhos do decote da secretária, que se faz distraída e deixa a blusa desabotoada até ao umbigo
- Ter a obrigação de ser um atleta sexual
- Ter a suspeita de que ela, com todos aqueles suspiros e gemidos, só está a tentar incentivar-nos
- Ouvir um NÃO, virar para o lado conformado e dormir, apesar da vontade de partir o quarto todo e fazer um escândalo
- Ter de ouvi-la dizer que está sem roupa
- Ter de almoçar aos Domingos em casa dos sogros, discutir política com aquele velho reaça, tratar bem os sobrinhos e controlar-se para não olhar para o decote da irmã dela, não dar na cara do irmão dela, sacana do caraças que vem sempre pedir dinheiro emprestado.


Depois elas ainda acham que é fácil, só porque NÃO TEMOS O PERÍODO!!!



Enviado por mail.

sexta-feira, 21 de outubro de 2005

OLÁ!


Bom fim de semana! Com chuva ou sem ela, aproveitem bem!
Beijinhos!

SEM IDEIAS


É assim que eu fico, de vez em quando. Primeiro fico bloqueada, depois passo à impaciência. Sinto necessidade de escrever mas... tudo me parece sem interesse. De que vou falar? Não sei e detesto sentir esta sensação! Tenho de vencer isto!

Voa, andorinha negra! Voa!

quinta-feira, 20 de outubro de 2005

RECEBI HOJE



Ao chegar a casa tinha este email à minha espera...

Era para saber de ti...

Já vi que por aí nada se passa...

De qualquer modo, tás com bom aspecto!

Ehehehe!....

Nãofaço a menor ideia se vão conseguir ver a imagem. Deu-me um trabalhão...

terça-feira, 18 de outubro de 2005

UTOPIA



Dando largas ao pensamento e à fantasia,
Imaginando a vida um sonho belo e sem fim
Onde a finalidade de cada dia
Fosse eu viver para ti e tu para mim.

Saciar a sede num raio de luar,
Alimentar-me de beijos e abraços
E quando fatigada ir repousar
No ninho aconchegado dos teus braços.

Esquecer maldades e vãos ideais,
Viver do amor e para o amor somente
Esquecendo deste mundo o desengano…

Do meu sonho belo não despertar jamais
E embalada no teu peito, ternamente,
Deixar passar o tempo, ano após ano…

sábado, 15 de outubro de 2005

OS VERSOS QUE TE DOU...


Ouve estes versos que te dou, eu os fiz
hoje que sinto o coração contente,
-enquanto o teu amor for meu somente,
eu farei versos ... e serei feliz...

E hei-de fazê-los pela vida em fora
versos de sonho e amor, e hei-de depois
relembrar o passado de nós dois...
esse passado que começa agora...

Estes versos repletos de ternura
são versos meus, mas que são teus, também...
Sózinha hás-de escutá-los, sem ninguém
que possa perturbar nossa ventura...

Quando o tempo branquear os teus cabelos
hás-de um dia, mais tarde, revivê-los
nas lembranças que a vida não desfez...

E ao lê-los... com saudades, em tua dor,
hás-de rever, chorando, o nosso amor,
e hás-de lembrar, também, de quem os fez...

Se nesse tempo eu já tiver partido
e outros versos quiseres, teu pedido
deixa ao lado da cruz para onde eu vou...

Quando lá, novamente, então tu voltares
podes colher do chão todas as flores
pois são versos de amor que ainda te dou!...


J.G.Araújo Jorge
"Meu Céu Interior" - 1934

ENTARDECER

Entardecer...

Entardecer cinzento onde a lua já espreita por entre as núvens... Dia triste feito de angústia e de saudade. Meus dedos deslizam, suavemente, por sobre as teclas do piano sem contudo lhes arracarem algum som. Meu olhar detém-se sobre a tua foto enquanto o silêncio da sala é invadido por um suspiro que o meu desalento deixou escapar...

A vida passa lá fora...

sexta-feira, 14 de outubro de 2005

NÃO ACREDITO


Há quem diga que os animais não têm sentimentos. Não acredito! Acredito sim que há pessoas com maus instintos...

BOM FIM DE SEMANA!


Mesmo que as núvens tapem o sol no horizonte, que ele continue a brilhar dentro de cada um de vós. Fico à vossa espera...
Bom fim de semana!

terça-feira, 11 de outubro de 2005

SOMOS PERFEITAS...


Não ficamos carecas...
Temos um dia internacional...
Sentarmo-nos de pernas fechadas não é doloroso...
Podemos vestir tanto rosa como azul...
Temos sempre a certeza de que o filho é nosso...
Temos prioridade nos salva-vidas...
Não pagamos a conta do restaurante... No máximo partilhamos...
A programação da TV é 90% voltada para nós...
Somos os primeiros reféns a serem libertados...
A idade não atrapalha o nosso desempenho sexual...
Podemos ir para o trabalho de bermudas e de sandálias...
Se somos traídas somos vítimas; se traímos eles são cornos...
Podemos dormir com uma amiga sem sermos consideradas lésbicas...
Somos capazes de prestar atenção a várias coisas ao mesmo tempo...
A mulher do embaixador é embaixatriz, o marido da embaixadora não é nada...
Não ficamos desesperadas em frente a um campo de futebol com 1 bola e 22 mulheres a correrem atrás...
Somos monogâmicas (embora precisemos testar vários homens para achar um que valha a pena).
A mulher do presidente é Primeira-Dama; o marido da presidente é um zero à esquerda mesmo que ele seja de direita...
O nosso cérebro dá conta do mesmo serviço, mesmo com quatro biliões de neurónios a menos, ou seja, os nossos neurónios são mais eficazes.
Se resolvemos exercer profissões predominantemente masculinas, somos pioneiras, mas se um homem resolve exercer uma profissão tipicamente feminina, é bicha...
E por último: Fazemos tudo o que um homem faz, e de SALTOS ALTOS!

SOMOS UM SHOW!!!!!

Autor desconhecido

domingo, 9 de outubro de 2005

UM DIA DIFERENTE


Hoje foi todo um dia bem diferente
Em que andavam perfumes pelo ar
E a brisa murmurava, docemente,
Que tu, ó meu amor, ias voltar!

Tudo se transformou. De repente
Voltou a luz da esperança a rebrilhar,
As flores sorriram-me, suavemente,
E o sol aconteceu no teu olhar.

Depois tudo findou, tudo morreu
Tiveste-me a teu lado e não me viste,
Partindo sem me teres nos teus braços…

O sol, que ria alegre, escureceu,
A esperança feneceu, fiquei mais triste
E as flores desfolharam-se em teus passos…

INTERROGAÇÃO

l
Lutar para quê? - pergunta o meu cansaço à minha esperança...

quinta-feira, 6 de outubro de 2005

HOMENAGEM A AMÁLIA RODRIGUES


"Desde que existe a morte, imediatamente a vida é absurda. Sempre pensei assim."
AMÁLIA
Amália
quiz Deus que fosse o meu nome
Amália
acho-lhe um jeito engraçado
bem nosso e popular
quando oiço alguém gritar
Amália
canta-me o fado.
Amália
esta palavra ensinou-me
Amália
tu tens na vida que amar
são ordens do Senhor
Amália sem amor
não liga, tens de gostar
e como até morrer
amar é padecer
Amália chora a cantar!
Amália
disse-me alguém com ternura
Amália
da mais bonita maneira
e eu toda coração
julguei ouvir então
Amália p'la vez primeira.
Amália
andas agora à procura
Amália
daquele amor mas sem fé
alguém já mo tirou
alguém o encontrou
na rua com outra ao pé
e a quem lhe fala em mim
já só responde assim
Amália? Não sei quem é!
Letra e Música: José Galhardo / Frederico Valério
Amália nasceu a 23/7/1920 e faleceu a 6/10/1999

quarta-feira, 5 de outubro de 2005

FAZES-ME FALTA...

Fazes-me falta...

Esta frase repete-se na minha mente como se fora o estribilho de uma canção.

Fazes-me falta...

-Quando estás tão perto e tão longe.
-Quando a saudade deixa um travo amargo na minha boca.
-Quando a ansiedade explode no meu peito.
-Quando as minhas mãos geladas precisam das tuas para as aquecer.
-Quando os meus olhos precisam da luz dos teus.
-Quando me sinto um sol de inverno e preciso do teu calor.
-Quando a solidão me esmaga e preciso que a preenchas.
-Quando o silêncio me dói e preciso de ouvir a tua voz.
-Quando os meus sonhos não passam à realidade.
-Quando a casa está vazia da tua presença.
-Quando preciso de ti para ser feliz.

Fazes-me falta... Fazes-me falta...

segunda-feira, 3 de outubro de 2005

CRIANÇAS...

Quando o meu filho era pequeno, eu costumava dizer-lhe:
-Anda, filho, vamos para a caminha porque o sol também já foi dormir...
-Ó mãe, o sol é munta gande?
-É sim, filho.
-Ó mãe, ele cabe no nosso quintal?
-Não, não cabe.
-E na nossa rua?
-Também não.

...........................

-Ó mãe, o sol te pénas?
-Não, não tem pernas...
-Então como é que ele vai pala a cama?... Vai a rebolar, é?...

PRECIOSIDADES

Esta é a boneca da minha mãe, a MIMI




Este é o livro de leitura da minha mãe...
Duas preciosidades que guardo como tal.
A Mimi tem mais de cem anos mas não tem cabelos brancos... Que maravilha! E quantas coisas teria para contar se falasse...

domingo, 2 de outubro de 2005

MARIA E A SOLIDÃO


Maria sentia-se só e deprimida naquele fim de semana. Resolveu saír e levar consigo a Solidão. Meteram-se no combóio, ao sabor do imprevisto e aí vão elas ver o mar. Que bonito que ele estava! As ondas, embatendo nas rochas, desfaziam-se em espuma. As gaivotas sobrevoavam a praia e ela inspirou fundo, muito fundo... Quase sôfregamente, como se aquele ar fosse o bálsamo para as suas mágoas. Seus olhos procuraram a linha do horizonte e ficaram presos nessa contemplação, como se quisessem vislumbrar mais além.

Assim permaneceu até que uma onda mais afoita veio molhar-lhe os pés, chamando-a à realidade. Baixou-se, apanhou uma concha trazida pela maré, passou-lhe os dedos para tirar a areia e perguntou-lhe: "De onde vens? Quantos mundos viste?" A concha, na palma da sua mão, brilhou ao sol. Maria sorriu, acariciou-a e disse-lhe: "Vai, vai para onde pertences. Não quero aprisionar-te..." E deitou-a ao mar. E a concha foi...

O dia escoava-se por entre as horas, a tarde iria dar lugar à noite. Era chegada a hora do regresso. Fizeram a viagem de retorno: Maria e a Solidão, que não quis deixá-la.

sábado, 1 de outubro de 2005

https://www.malhanga.com/musicafrancesa/becaud/au_revoir/

    Se fosses luz serias a mais bela   De quantas há no mundo: – a luz do dia! – Bendito seja o teu sorriso Que desata a inspiração Da minha...