quarta-feira, 31 de maio de 2006

PRECISA-SE DE UM AMIGO




Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor... Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.

Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objectivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.

Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.

Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.



Vinícius de Moraes
* * *

A amizade é uma flor rara e de grande valia. Quem a encontrou deve guardá-la no mais fundo do seu coração e cuidar dela muito bem. A amizade é mais forte do que o amor. Este pode perecer, arrastado pelo turbilhão da vida . A amizade não. Tem raízes profundas e resiste a todos os vendavais. Acredito no amor mas a amizade tem-me batido muitas vezes nos ombros, sorrindo ou chorando, para me lembrar que existo e que não estou só. Muitas vezes não são necessárias muitas palavras. Basta uma mão estendida que nos diz "estou aqui!". Bem-hajam os amigos que têm semeado flores no meu caminho.

terça-feira, 30 de maio de 2006

UFFF..., QUE CALOR!!!


- Mas que calor!
- Isto está insuportável!
- Antes quero o frio!
- Nunca vi uma coisa assim!
- O ar condicionado dos autocarros só nos faz é mal!


Estas são expressões que se escutam devido ao calor que se tem sentido.

Quando não é o anticiclone que vem dos Açores, é o calor que vem de Àfrica e os mosquitos que vêm não sei de onde.

Assisti ao ataque desses terríveis e minúsculos bichinhos, de ferrão bem afiado, que visitaram as nossas praias e não só, porque também invadiram a cidade. Foi um desatino! Matávamos vinte e logo aparecia o dobro, só visto!Embora não tenha escapado ao ataque, não me deixaram marcas. Tive mais sorte do que uma amiga que ainda hoje está cheia de bolhas. À cautela terei de deixar para mais tarde outra ida à praia. Pode ser que já tenham debandado!

À noite, quando finalmente o calor abranda e até se sente uma brisa mais fresquinha, temos o barulho vindo do Parque das Nações e a cantoria da marcha cá do sítio, cujo ensaio se realiza mesmo aqui à beira de casa... Abro e fecho a janela, numa tentativa de minimizar o barulho e, por fim, rendo-me ao cansaço e ao sono. Isto é que são fitas!

E agora sou eu que digo: no meu tempo não era nada assim! Tínhamos estações! Isto não é calor para este mês, senhores!

E pronto, agora que desabafei já estou melhor...

sexta-feira, 26 de maio de 2006

SERES HUMANOS? ATÉ QUANDO?

Há dias em que acordamos "cinzentos", com uma sensação de mau-estar da qual temos dificuldade em nos livrarmos e, ao pegarmos no jornal, ainda ficamos pior. São assaltos, mortes, roubos, guerras, crimes de toda a espécie. E é assim todos os dias, com tendência para aumentar.

Mas hoje esta notícia publicada no Correio da Manhã deitou-me completamente abaixo:



Mascote violentada

"Uma cadela adoptada pelos estudantes como mascote da Universidade de Aveiro (UA) foi vítima de abuso sexual por parte de um humano. O caso está a ser investigado pela Polícia.
Quando foi encontrada, sábado passado, "Frieda" estava bastante maltratada e teve de ser assistida no veterinário. De momento, e ao que adiantaram ao CN "está bem e hospedada numa casa-abrigo". A cadela, uma rafeira amarela, vive na universidade há dois anos e foi encontrada ferida por um segurança da UA. "

Mas o que é isto?! Para onde caminhamos?! Será que ainda somos merecedores de ser chamados de seres"humanos"?!

domingo, 21 de maio de 2006

ENCONTREI POESIA

Céu…
Mar…
Desejo de infinito
Que me persegue a todo o instante
Fazendo da minha alma pobre caminhante,
Errando, sem saber para onde vai.
Céu…
Mar…
Desejo de infinito…
Silêncio,
Solidão,
Eis o que me rodeia.
No meu caminho
Só encontrei escolhos
Mas segui sempre em frente
E descobri um mundo de poesia
Nos teus olhos.

quarta-feira, 10 de maio de 2006

APELO AO SENTIMENTO HUMANISTA


"A força desencadeada pela desintegração do átomo transformou tudo, excepto a nossa forma de pensar; se esta não se modificar, caminharemos para uma catástrofe sem par"-, quem proferiu estas palavras estava bem consciente do que dizia: Albert Einstein.

Nem mais nem menos, o físico nascido na Alemanha, naturalizado suíço e mais tarde norte-americano.

Prémio Nobel da física, em 1921, aos 42 anos. "Político", recusou a presidência do Estado de Israel. Além do mais, ele foi, para não mais poder deixar de ser, um cidadão do mundo, um mundo que ele ajudou a desvendar, que ele amou e para quem, como poucos, desejou, lutando, a paz.

Nascido em Ulm, em 14 de Março de 1879, morreu em 18 de Abril de 1955, aos 76 aos de idade.

Aquelas palavras deixou-as como aviso. O aviso de um génio a quem as técnicas e as ciências não toldaram o sentimento humanista.

E assim, a ponto de afirmar como conselho: "Nada de verdadeiramente valioso nasce da ambição ou do mero sentido do dever; antes brota do amor e da devoção para com a humanidade e para com as coisas concretas".

Vale a pena meditar e, meditando, achar a forma, cada qual a sua, para, a seu modo, ajudar a mudar a vivência egoísta de um mundo em crise.


Lima Lobo

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Albert Einstein foi autopsiado , o seu cérebro foi guardado e tem sido submetido a vários estudos com a finalidade de ver se, em alguma coisa, será diferente do cérebro de outra pessoa.


domingo, 7 de maio de 2006

DIA DA MÃE




Há historiadores que reclamam as comemorações do Dia da Mãe às mais antigas festividades decorrentes na Grécia antiga, aquando da Festa da Primavera, na qual se honrava a Mãe dos Deuses - Rhea. Na mitologia grega, Rhea foi a mãe de Zeus e irmã de Kronos, considerada como uma das mais influentes deusas em Creta, Arcadia e Phrygia. Assim como a deusa Gaia, Rhea seria também considerada a mãe de todos os Deuses.

Também em Roma, a Mãe era celebrada em honra de Cybele, a mãe dos deuses romanos, mesmo antes do nascimento de Cristo.

No século XVII, a Inglaterra popularizou o "Domingo da Mãe" nos dias que antecediam o Domingo de Páscoa, como homenagem a todas as mães de Inglaterra, sendo mesmo concedido um dia de folga para que se celebrasse este dia na sua plenitude.
O Cristianismo instituiu a festa da "Igreja Mãe", verdadeira força espiritual capaz de proteger os homens de todos os males. Habitualmente, esta festa da Igreja fora sendo associada também à celebração do "Domingo da Mãe".
Também no continente Americano, mais concretamente nos Estados Unidos, as comemorações do Dia da Mãe foram sugeridas, pela primeira vez, por Julia Ward Howe no ano de 1872, um dia cujo significado fora assumidamente associado a um dia de Paz contra o flagelo da Guerra Civil.
Porém, o verdadeiro Dia da Mãe é comumente associado a Anna Jarvis.

Aos 41 anos de idade, Jarvis perdera a sua mãe. Com sua irmã Elisinore, sentiram a sua grande e irremediável perda levando-as a reflectir sobre o facto de não existirem demonstrações concretas de apresso para com as mães.Anna Jarvis decidiu fazer algo, na esperança de que a celebração de um dia dedicado à Mãe iria estimular a estima e consideração dos filhos para com os seus pais, para além de incentivar os laços familiares.

Mas foi em 1907 que Anna empreendeu o esforço necessário à instituição do Dia da Mãe. Com a ajuda de seus amigos, empreendeu uma campanha por correio com vista a obter apoio de congressistas, políticos influentes e personalidades da sociedade norte-americana, com o objectivo de ser oficialmente declarada uma data comemorativa do Dia da Mãe.

Os seus esforços goraram o efeito desejado, e foi a 10 de Maio de 1908 que, pela primeira vez, numa cerimónia religiosa, Anna Jarvis honrou sua Mãe.Para adornar a cerimónia foram utilizados cravos vermelhos, a flor favorita da mãe de Anna. Desde então, os cravos vermelhos converteram-se no símbolo da mães em vida e os cravos brancos o símbolo das mães que já partiram.

A primeira proclamação do Dia da Mãe deu-se três anos depois, em 1910, instituída pelo Governador do Estado da Virgínia, Estados Unidos. Um ano depois, o Dia da Mãe foi a pouco e pouco sendo comemorado em todas as partes do mundo, desde o México, Canadá, Japão, no Continente Africano e na América do Sul.

Em Dezembro de 1912 foi criada a Associação do Dia Internacional da Mãe com vista à promoção generalizada desta efeméride tão especial em todo o mundo.

Em Portugal, o Dia da Mãe foi comemorado, em tempos idos, no dia 8 de Dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, a Padroeira de Portugal. Também o Dia 13 de Maio é ainda hoje associado às comemorações da Mãe. Porém, actualmente foram instituídas as comemorações do Dia da Mãe, no primeiro Domingo do mês de Maio.

segunda-feira, 1 de maio de 2006

A FÁBULA DOS DOIS SAPOS E O VALOR DA PERSEVERANÇA

Numa empresa de lacticínios, dois sapos desastradamente saltaram para dentro de um balde de leite cremoso.

"-É melhor desistir", coaxou um dos sapos, depois de tentar, em vão, saír do balde. "Vamos morrer!"

"-Continua a nadar", disse o segundo sapo. "Havemos de encontrar maneira de saír deste atoleiro!"

"-Não adianta!", disse o primeiro. "Isto é grosso demais para nadar, mole demais para saltar e escorregadio demais para rastejar. Um dia temos mesmo de morrer por isso, tanto faz que seja esta noite."

Afundou-se no balde e acabou por morrer.

O amigo, porém, continuou a nadar, a nadar, a nadar, e, quando amanheceu, viu-se encarrapitado num monte de manteiga que ele, sozinho, havia batido. Lá estava o sapo, com um sorriso, comendo as moscas que enxameavam, vindas de todas as direcções.

Neil Eskelin


Nunca deixe que um obstáculo o impeça de atingir os seus objectivos sem tentar ultrapassá-lo. O receio deixa que as coisas assumam grandes dimensões. Seja perseverante porque a perseverança é uma arma poderosa. Pelo menos tente!

https://www.malhanga.com/musicafrancesa/becaud/au_revoir/

    Se fosses luz serias a mais bela   De quantas há no mundo: – a luz do dia! – Bendito seja o teu sorriso Que desata a inspiração Da minha...