quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

domingo, 14 de dezembro de 2008

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

UMA MENTIRA POR DIA NÃO SABE O BEM QUE LHE FARIA


Todos os dias, a seguir ao jantar, a conversa, já em velocidade de cruzeiro, quebrada por silêncios confortáveis de pensamentos alinhados, ele levantava-se, que se deixasse ela estar; ele tratava do resto, ia à cozinha, dirigia-se à máquina, agarrava em chávenas e pires e colheres, tratava do resto e regressava, Servia-a amavelmente, deixa-te estar que eu trato disto, queres duas colheres de açúcar ou adoçante, trouxe os dois, hoje só uma, respondia ela, mas do verdadeiro, dieta nem tanto e ria-se e ele também e estendia-lhe uma mentira bem tirada. Era excepcional a tirar mentiras: percebia de temperaturas do momento e de jeitos e outras coisas precisas e nunca usava nada que fosse de supermercado, pacotes embalados a vácuo, nem pensar: era a sua própria mistura , que trazia de sabes lá o que eu corri para encontrar esta, é realmente muito boa, não é? E ela concordando, bebendo a mentira deliciada, acendendo um cigarro e suspirando enquanto estendia as pernas, uma maravilha, sabe lindamente, querido! E assim se ficavam, numa serenidade feita desse perfume, que ela saboreava no momento melhor do dia, contava às amigas, é o melhor momento do meu dia, quando estou ali absolutamente relaxada e sossegada, a beber aquilo, ele pode não saber cozinhar, mas eu desculpo-o; é realmente especial aquela hora do nosso dia.
Ele ia variando, para ela não se fartar do mesmo sabor, sabes lá o que eu corri para encontrar esta e ela, grata, sorridente, feliz, és mesmo bom para mim, tenho tanta sorte, ele satisfeito com aqule resultado, o trabalho que deve compensava largamente, e todos os dias repetia os mesmos gestos, uma mentira sempre bem tirada, não era preciso mais nada.
Às vezes ela dizia, hoje se calhar não, preciso de me deitar cedo, vou só fumar um cigarro e ele, sempre solícito, espera que tenha ali outra coisa e ia à cozinha, tirava chávenas e pires e colheres, fervia àgua e misturava mentiras em folhas que depois coava e, quando estendia a tisana, dizia, vais ver que com esta ainda dormes melhor e ela, agradecida, contente, que simpatia, que charme, que sorte tenho, àmanhã quando contar às minhas amigas vão ficar verdes de inveja, quem lhes dera esta felicidade todos os dias, realmente não sei porque complicam tanto, basta uma chávena, e é tudo tão simples.
Não sabe bem quando começou a ter insónias. Acordava de noite em pânico, estendia os braços, às vezes encontrava-o, outras não, claro que não está cá hoje, que parva, ele disse-me, ainda estou meia a dormir e dava voltas e voltas na cama sem o encontrar e, claro, as insónias eram disso, mas dormia mal, cada vez pior e sentia-se assim mais ou menos pouco em forma durante o dia, é de não dormir, não sei o que tenho; vai ao médico, aconselhavam as amigas, que te andas a definhar, essas insónias estranhas, eu se fosse a ti ia e ela lá se convenceu. Minha senhora, disse o doutor, depois de exames e análises, não tem nada, mas deveria evitar beber coisas que lhe tirem o sono antes de dormir, nem uma tisana? Nem jma tisana, minha senhora, às vezes essas tisanas calmantes sabe-se lá o que têm dentro, beba àgua que limpa o sistema, muita àgua da torneira, beba àgua minha senhora e durma que o seu mal é sono.
Nessa noit, depois do jantar, ele levantou-se e disse-lhe deixa-te estar que eu trato de tudo e ela responde, amor, só um copo de àgua da torneira, deixa-te estar tu, vou eu buscá-lo, levantou-se e nunca chegou a ver o olhar de total e absoluto pânico dele.
Texto de Catarina Campos - Economista

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

domingo, 7 de dezembro de 2008

HOMENAGEM A FLORBELA ESPANÇA




Mesmo antes de seu nascimento, a vida de Florbela Espanca já estava marcada pelo inesperado, pelo dramático, pelo incomum.
Seu pai, João Maria Espanca era casado com Maria Toscano. Como a mesma não pôde dar filhos ao marido, João Maria se valeu de uma antiga regra medieval, que diz que quando de um casamento não houver filhos, o marido tem o direito de ter os mesmos com outra mulher de sua escolha. Assim, no dia 8 de dezembro de 1894 nasce Flor Bela Lobo, filha de Antónia da Conceição Lobo. João Maria ainda teve mais um filho com Antónia, Apeles. Mais tarde, Antónia abandona João Maria e os filhos passam a conviver com o pai e sua esposa, que os adotam.



Florbela entra para o curso primário em 1899, passando a assinar Flor d’Alma da Conceição Espanca. O pai de Florbela foi em 1900 um dos introdutores do cinematógrafo em Portugal. A mesma paixão pela fotografia o levará a abrir um estúdio em Évora, despertando na filha a mesma paixão e tomando-a como modelo favorita, razão pela qual a iconografia de Florbela, principalmente feita pelo pai, é bastante extensa.



Em 1903, aos sete anos, faz seu primeiro poema, A Vida e a Morte. Desde o início é muito clara sua precocidade e preferência a temas mais escusos e melancólicos.



Em 1908 Antônia Conceição, mãe de Florbela, falece. Florbela então ingressa no Liceu de Évora, onde permanece até 1912, fazendo com que a família se desloque para essa cidade. Foi uma das primeiras mulheres a ingressar no curso secundário, fato que não era visto com bons olhos pela sociedade e pelos professores do Liceu. No ano seguinte casa-se no dia de seus 19 anos com Alberto Moutinho, colega de estudos.



O casal mora em Redondo até 1915, quando regressa à Évora devido a dificuldades financeiras. Eles passam a morar na casa de João Maria Espanca. Sob o olhar complacente de Florbela ele convive abertamente com uma empregada, divorciando-se da esposa em 1921 para casar-se com Henriqueta de Almeida, a então empregada.



Voltando a Redondo em 1916, Florbela reúne uma seleção de sua produção poética de 1915 e inaugura o projeto Trocando Olhares, coletânea de 88 poemas e três contos. O caderno que deu origem ao projeto encontra-se na Biblioteca Nacional de Lisboa, contendo uma profusão de poemas, rabiscos e anotações que seriam mais tarde ponto de partida para duas antologias, onde os poemas já devidamente esclarecidos e emendados comporão o Livro de Mágoas e o Livro de Soror Saudade.



Regressando a Évora em 1917 a poetisa completa o 11º ano do Curso Complementar de Letras, e logo após ingressa na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Após um aborto involuntário, se muda para Quelfes, onde apresenta os primeiros sinais sérios de neurose. Seu casamento se desfaz pouco depois.



Em junho de 1919 sai o Livro de Mágoas, que apesar da poetisa não ser tão famosa faz bastante sucesso, esgotando-se rapidamente. No mesmo ano passa a viver com Antônio Guimarães, casando-se com ele em 1921. Logo depois Florbela passa a trabalhar em um novo projeto que a princípio se chamaria Livro do Nosso Amor ou Claustro de Quimeras. Por fim, torna-se o Livro de Soror Saudade, publicado em janeiro de 1923.



Após mais um aborto separa-se pela segunda vez, o que faz com que sua família deixe de falar com ela. Essa situação a abalou muito. O ex-marido abriu mais tarde em Lisboa uma agência, “Recortes”, que enviava para os respectivos autores qualquer nota ou artigo sobre ele. O espólio pessoal de Antônio Guimarães reúne o mais abundante material que foi publicado sobre Florbela, desde 1945 até 1981, ano do falecimento do ex-marido. Ao todo são 133 recortes.
Em 1925 Florbela casa-se com Mário Lage no civil e no religioso e passa a morar com ele, inicialmente em Esmoriz e depois na casa dos pais de Lage em Matosinhos, no Porto.
Passa a colaborar no D. Nuno em Vila Viçosa, no ano de 1927, com os poemas que comporão o Charneca em Flor. Em carta ao diretor do D. Nuno fala da conclusão de Charneca em Flor, e fala também da preparação de um livro de contos, provavelmente O Dominó Preto.



No mesmo ano Apeles, irmão de Florbela, falece em um trágico acidente, fato esse que abalou demais a poetisa. Ela aferra-se à produção de As Máscaras do Destino, dedicando ao irmão. Mas então Florbela nunca mais será a mesma, sua doença se agrava bastante após o ocorrido.
Começa a escrever seu Diário de Último Ano em 1930. Passa a colaborar nas revistas Portugal Feminino e Civilização, trava também conhecimento com Guido Batelli, que se oferece para publicar Charneca em Flor. Florbela então revê em Matosinhos as provas do livro, depois de tentar o suicídio, período em que a neurose se agrava e é diagnosticado um edema pulmonar.
Em dois de dezembro de 1930, Florbela encerra seu Diário do Último Ano com a seguinte frase: “… e não haver gestos novos nem palavras novas.”




Às duas horas do dia 8 de dezembro – no dia do seu aniversário Florbela D’Alma da Conceição Espanca suicida-se em Matosinhos, ingerindo dois frascos de Veronal. Algumas décadas depois seus restos mortais são transportados para Vila Viçosa, “… a terra alentejana a que entranhadamente quero”.





FONTES:http://www.instituto-camoes.pt/cvc/projtelecolab/tintalusa/numerodois/tl3.html
http://purl.pt/272/2/index.html
http://www.torre.xrs.net/
Coleção “A Obra Prima de Cada Autor” – Editora Martin Claret
**********

Versos! Versos! Sei lá o que são versos…
Pedaços de sorriso, branca espuma,
Gargalhadas de luz, cantos dispersos,
Ou pétalas que caem uma a uma.

Versos!… Sei lá! Um verso é teu olhar,
Um verso é teu sorriso e os de Dante
Eram o seu amor a soluçar
Aos pés da sua estremecida amante!

Meus versos!… Sei eu lá também que são…
Sei lá! Sei lá!… Meu pobre coração
Partido em mil pedaços são talvez…

Versos! Versos! Sei lá o que são versos..
Meus soluços de dor que andam dispersos
Por este grande amor em que não crês!…

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

DESABAFO




A esperança seria a maior das forças humanas, se não existisse o desespero.

Victor Hugo


*************
Sinto que o meu grito é um grito no escuro, onde não encontra eco nem resposta. E desespero. É desconfortável sentir esta impotência de não poder fazer nada perante situações que não compreendo, mas que me afectam profundamente. Uma familiar requereu o auxílio da Santa Casa da Misericórdia para internar a mãe num Lar. Depois de algum tempo e de muita insistência, conseguiu uma resposta. Chegou, finalmente a hora de assinar documentos e a mãe deu entrada no Lar no dia 1 de Novembro. Estamos quase no fim do mês e a Santa Casa ainda não assinou a parte que lhe compete. Quer isto dizer que ainda não comparticipou, o que leva a filha a ter de arcar com despesas que estão muito para além das suas posses. Esta situação não é do desconhecimento da senhora assistente social que, pura e simplesmente, se esquiva a atender telefonemas para, pelo menos,explicar o que se passa. Sendo assim, a internada continua sem a garantia de ter medicação assegurada, assim como sem a comparticipação da Santa Casa da Misericórdia na despesa referente ao Lar. Como é óbvio, estou a entrar numa fase de desespero pois, além de não ter conhecimentos que me possam valer na resolução deste assunto, também não sou a Senhora -Doutora- Qualquer-Coisa, nem possuo um nome sonante tal como Vasconcelos e Cunha ou outro qualquer que tenha o poder de abrir portas. Como tal creio que só me resta uma saída: postar-me à entrada da Santa Casa da Misericórdia e só saír de lá depois de obter uma resposta. É assim que estas coisas funcionam cá no nosso país?


domingo, 16 de novembro de 2008

CLAUDE MONET



1840 - 1862
Claude Oscar Monet nasceu em Paris, na França, em 1840. Quando tinha cinco anos a família se mudou para Le Havre, uma cidade portuária na desembocadura do rio Sena.

Tanto os pais como os professores o consideravam um menino indisciplinado. Gostava muito de desenhar e na escola fazia caricaturas dos professores. Aos quinze anos já ganhava algum dinheiro com isso: cobrava 10 francos por cada desenho

Um dia conheceu o pintor Boudin e os dois se tornaram grandes amigos. Boudin viu seus desenhos e o encorajou a pintar. Com Boudin, Monet aprendeu também a
pintar ao ar livre

Entusiasmado com a idéia de ser pintor Monet foi para Paris com o propósito de estudar pintura, matriculando-se na Académie Suisse. Em Paris conheceu Pissaro e Coubert, que também estavam começando a pintar. O serviço militar o obrigou a interromper os estudos. Foi enviado para a Argélia , no norte da África, onde permaneceu por quase um ano, até que uma tia conseguiu o seu desligamento. Porém ela exigiu uma condição: que completasse seus estudos.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

DIA MUNDIAL DA DIABETES


DIABETES
Equilibrar o organismo
OUTRAS CURAS
Por Pedro Choy


A diabetes caracteriza-se pela deficiente produção de insulina, associada a insulino-resistência. A medicina chinesa conhece a doença há três mil anos, designa-a por xiao ke ("desperdiçar a sede") ou por tang niao bing ("urina doce"). Há mais de 150 milhões de diabéticos em todo o Mundo, um número que duplicará até 2025, segundo a Organização Mundial de Saúde. Em Portugal 6,7% da população adulta sofre de diabetes, mas os doentes não diagnosticados serão mais de 700 mil. A doença classifica-se em tipo I e II. Apenas 10% dos daibéticos padecem do tipo I. Esta forma aparece abruptamente, na infância ou na adolescência. Os sintomas passam por : poliúria (excesso de urina), (poliaquiúria) necessidade de urinar muitas vezes, polidípsia (excesso de sede), polifagia (excesso de fome), mal-estar geral, emagrecimento rápido (no tipo I) e ganho de peso (maioria no tipo II), palpitações, impotência sexual, pressão arterial alta e alterações visuais, que podem levar à cegueira, entre outros. O tipo II inicia-se por isulino-resistência. Frequentemente é heriditária e surge, em regra, após os 40 anos. Neste caso o pâncreas produz insulina e o problema está na incapacidade de utilização desta pelo organismo.


A medicina chinesa ajuda os diabéticos há milhares de anos. Mesmo assim, o evoluir da ciência também lhe troxe benefícios, por exemplo: a descoberta de uma nova fórmula, 100% à base de ervas, mais consentânea com o conhecimento actual da doença, descoberta pelo professor Cai Baode (Universidade de Chengdu RPC). Chama-se "tang niao ning kou fu ue" (decocção para atenuar a diabetes) e acabou de ser legalizada em Portugal como suplemento alimentar, sendo disponibilizada em clínicas de medicina chinesa. Claro que as ervas para a diabetes são importantes, mas os benefícios da acupuntura não são menosprezáveis. Em conjunto, os dois métodos ajudam o diabético a estebelezar as glicémias e, por conseguinte, a viver mais e, sobretudo, com qualidade.


terça-feira, 11 de novembro de 2008

BEIJO IMORTAL

" Há imagens que se eternizam. Memórias que se recuperam. Lugares que permanecem mágicos. Sentado num banco de esplanada, o francês Robert Doisneau captou um dos mais belos momentos de sempre. Um jovem casal de apaixonados beija-se no cenário parisiense dos anos cinquenta. Transeuntes caminham. Carros passam. Pensamentos voam. O amor encontra a sua metáfora, materializa-se no toque e permanece intocável no tempo.
A imagem foi pensada pelo conhecido fotógrafo. Ainda assim, parece real. Espontânea. Uma cena roubada, retirada de um filme. Os modelos agem com naturalidade. As pessoas continuam a passar, tentando desviar o olhar do casal enamorado.
Robert Doisneau utiliza deliberadamente técnicas que sugerem uma imagem inocente e simples.Capturada no momento certo. Contudo, é incrível como foi cuidadosamente construída. A máquina posiciona-se. A abertura do diafragma determina pouca profundidade. O longo tempo de exposição e a baixa velocidade concedem o efeito de um fundo desfocado. O resultado é mágico. Porque esse é o valor de uma imagem.
Um retrato da realidade que pode ser a nossa.Identificamo-nos. Porque o casal somos nós. E sonhamos com a possibilidade do acontecimento."

Texto Lara Vaz

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

PAZ E TRANQUILIDADE...



BOM FIM DE SEMANA

(para ouvir desligue a música do blogue)


PÃO POR DEUS



Que dizer no "Pão por Deus"

Ao pedir o "Pão por Deus", cantam-se as seguintes cantilenas enquanto se anda de porta em porta:

"Pão por Deus,
Fiel de Deus,
Bolinho no saco,
Andai com Deus."
Ou então:

"Bolinhos e bolinhós
Para mim e para vós
Para dar aos finados
Qu'estão mortos, enterrados
À porta daquela cruz
Truz! Truz! Truz!
A senhora que está lá dentro
Assentada num banquinho
Faz favor de s'alevantar
P´ra vir dar um tostãozinho."
Quando os donos da casa dão alguma coisa:

"Esta casa cheira a broa
Aqui mora gente boa.
Esta casa cheira a vinho
Aqui mora algum santinho."
Quando os donos da casa não dão nada:

"Esta casa cheira a alho
Aqui mora um espantalho
Esta casa cheira a unto
Aqui mora algum defunto."
Lê o resto do texto sobre este assunto aqui!
*****************
Eu recebi o seguinte:
"Trazemos um bolinho, uma broa
Nesta terra há gente boa.
Pão por Deus, Pão por Deus
Porque são amigos meus.

Truz, Truz, Truz
Abre a porta ó vizinho,
Nós vimos ao Pão por Deus
Vimos dar-lhe um miminho."

Dito em coro por um grupo de "putos", foi uma maravilha! Só que eu, lisboeta de gema, estava muito longe de tal coisa e nem sabia o que fazer quando assumei à janela e vi aquele bando de pardais acompanhado por duas senhoras dizendo "Vimos dar-lhe o Pão por Deus!" Santa ignorância a minha... Recebi este bolinho das mãos dum Luís de carinha redonda, com o boné na mão, enquanto os outros diziam: "Agora a senhora dá o pacote de bolachinhas que tem na mão!" E assim foi. Troca por troca, Pão de Deus (o miminho)a por bolachinhas,(outro miminho) lá se foram embora desejando-me as maiores felicidades.

Sempre a aprender até morrer!

Bem-hajam!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

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Durante uma conferência para universitários, um professor da Universidade de Berlim, Alemanha Início do séc.XX lançou um desafio aos alunos com a seguinte pergunta:

“ Criou Deus tudo o que existe?"
Um aluno respondeu, convictamente:
Sim, Ele criou …
Deus criou realmente tudo o que existe? Perguntou novamente o professor.
Sim senhor, respondeu o jovem.
O professor contrapôs: “Se Deus criou tudo o que existe, então Deus criou o mal, já que o mal existe! E se concordamos que as nossas obras são o reflexo de nós próprios, então Deus é mau!!"
O jovem calou-se perante o argumento do mestre que, feliz, regozijava-se por ter provado, uma vez mais, que a fé era um mito.
Outro estudante levanta a mão e diz:
Posso fazer uma pergunta, professor?
Claro que sim, respondeu ele.
O jovem faz uma curta pausa e pergunta:
Professor, o frio existe?
Mas que raio de pergunta é essa?… Lógico que existe, ou acaso nunca sentiste frio?
Responde o aluno: “Na realidade, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na verdade é a ausência de calor. Todos os corpos ou objectos são passíveis de estudo quando possuem ou transmitem energía; o calor é o que faz que os corpos tenham ou transmitam energía”.
“O zero absoluto é a ausência total de calor; todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagirem, mas o frio não existe. Nós criamos esta definição para descrever de que maneira nos sentimos quando não temos calor."
E, a escuridão existe? Continuou o estudante.
O professor respondeu:
Existe.
O estudante respondeu:
A escuridão tão-pouco existe.
A escuridão, na realidade, é a ausência de luz.
“A luz podemo-la estudar, a escuridão, não!
Através do prisma de Nichols, pode decompor-se a luz branca nas suas várias cores, com os seus diferentes comprimentos de onda. A escuridão, não!
… “Como se pode saber quanto escuro está um determinado espaço?
Com base na quantidade de luz presente nesse espaço.”
“A escuridão é uma definição utilizada pelo homem para descrever o que ocorre na ausência da luz.”
Finalmente,o jovem perguntou ao professor:
Professor, O MAL EXISTE?
E este respondeu: Como afirmei no início, vemos crimes e violência em todo o mundo. Isto é o mal.
O aluno respondeu:
“O mal não existe, Senhor, ou pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem…
Em conformidade com os casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus.”
Deus não criou o mal.
… O mal é o resultado da ausência de Deus no coração dos seres humanos.
Tal e qual como acontece com o frio quando não há calor, ou com a escuridão quando não há luz.
O jovem foi aplaudido de pé e o mestre, abanando a cabeça, permaneceu em silêncio …

O reitor da Universidade,
dirigiu-se ao jovem estudante e perguntou-lhe:
Como te chamas?

Chamo-me, ALBERT EINSTEIN.

domingo, 19 de outubro de 2008

JOSÉ MALHOA


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Ir para: navegação, pesquisa




José Malhoa

José Vital Branco Malhoa (Caldas da Rainha, 28 de Abril de 1855Figueiró dos Vinhos, 26 de Outubro de 1933), pintor, desenhista e professor português, conhecido como José Malhoa.




Biografia


José Malhoa nasceu nas Caldas da Rainha em 28 de Abril de 1855.
Com apenas 12 anos entrou para a escola de Belas Artes. Em todos os anos ganhou o primeiro prémio, devido às suas enormes faculdades e qualidade artísticas.


Realizou inúmeras exposições, tanto em Portugal como no estrangeiro, designadamente em Madrid, Paris e Rio de Janeiro. Foi pioneiro do Naturalismo em Portugal, tendo integrado o Grupo do Leão.


Destacou-se também por ser um dos pintores portugueses que mais se aproximou da corrente artística Impressionista.


Foi o primeiro presidente da Sociedade Nacional de Belas Artes e foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem de Santiago. Em 1933, ano da sua morte, foi criado o Museu de José Malhoa nas Caldas da Rainha.




O Fado


Praia das Maçãs




Os bêbados




O atelier




Clara

Vivendo em Portugal, a grande porta de entrada para o mar Mediterrâneo, se desejasse, encontraria todas as facilidades para visitar os grandes centros de cultura da Europa, especialmente Espanha, França e Itália. Entretanto, numa opção curiosa e intrigante, Malhoa nunca saiu de sua terra natal. Todo seu aprendizado, suas experiências e sua obra se desenvolveram em torno de Lisboa, cidade onde passou a maior parte da vida.

Fazendo parte de uma roda de pintores conhecida como "Grupo do Leão", por se reunirem na cervejaria do mesmo nome, sua pintura, todavia, desgarrou-se, tomando rumo próprio.

Era uma época em que, as novas tintas, fornecidas em bisnagas, permitiam ao artista deslocar-se do estúdio para o campo. Não mais, como antigamente, os pintores faziam esboços em papel para mais tarde, dentro do estúdio, reproduzi-los na tela, valendo-se da memória para o desenvolvimento das cores. Agora, o artista pintava a natureza diante dela, fixando na tela a impressão do momento.

Suas primeiras telas lembravam um romantismo já quase superado em sua época mas, ao fixar novos rumos e conceitos, mudou de tal forma sua arte pode ser considerado um pós-impressionista. Pintando todos os gêneros, e não desprezando a comodidade do estúdio, preferia, entretanto, levar sue cavalete, a paleta, os pincéis e as tintas para o ar livre e, nesse propósito, destacou-se no gênero da paisagem.
Malhoa, já o dissemos, nunca saiu de Portugal, mas suas telas viajaram o mundo, freqüentando os mais cotados Salões de sua época, recebendo vários prêmios. Em seu país, foi presidente da Sociedade Nacional de Belas Artes.

Muitas das telas deste extraordinário pintor se encontram no Brasil, em Museus, como no "Mariano Procópio" e Masp, assim como em mãos de particulares. Figuram, entre suas obras importantes Outono, Seara invadida, Beira-mar, As Pupilas do Senhor Reitor, Descobrimento do Brasil, Bêbados, Fado, O Emigrante, etc.
Inf.Net





(desligar música do blog)

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

terça-feira, 14 de outubro de 2008

********

Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa
ou forte como uma ventania,
Depende de quando
e como você me vê passar.


Clarice Lispector

terça-feira, 7 de outubro de 2008

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

OUTONO

O outono já chegou - aos arrufos do vento
as folhas num desmaio embalam-se pelo ar...
- vão caindo... caindo... uma a uma, em desalento
e uma a uma, lentamente, vão no chão pousar...

O céu perdeu o azul - vestiu-se de cinzento
e envolveu na neblina a luz baça do luar...
- na alameda onde vou, de momento
a momento, há um gemido de folha a cair e a expirar...

O arvoredo transpira as carícias dos ninhos,
e o vento a cirandar na curva das estradas
eleva o folhareu no espaço em redemoinhos...

Há um córrego a levar as folhas secas em bando...
- e à aragem que soluça entre as ramas curvadas,
parece que o arvoredo em coro está chorando!...

J.G. de Araújo Jorge



(para ouvir desligue a música do blog)

sábado, 20 de setembro de 2008

CHRISTIAN

A história dum leão com coração de gente, embora haja por aí muita gente com coração de fera... Uma lição de amor e gratidão a aprender!
Na falta de inspiração para escrever, deixo-vos este vídeo.
Bom fim de semana!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

QUANDO EU NASCI




Quando eu nasci,
Ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias,
Nem o Sol escureceu,
Nem houve
Estrelas a mais...Somente,
Esquecida das dores,
A minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
Não houve nada de novo
Senão eu.
As núvens não se espantaram,
Não enlouqueceu ninguém...
P'ra que o dia fosse enorme,
Bastava
Toda a ternura que olhava
Nos olhos de minha Mãe...

- Sebastião da Gama-
**********
Mãe, é neste dia que te recordo ainda com mais saudade. Tantas vezes me descreveste os acontecimentos dessa noite, até às sete horas da manhã, quando nasci! E todas as vezes tinhas um brilho nos olhos porque me contavas uma história de AMOR! Obrigada, Mãe-Coragem, por todos os momentos em que estiveste a meu lado, sem nunca me abandonares, mesmo à custa dos maiores sacrifícios!

domingo, 3 de agosto de 2008

A VIDA




Já escondi um amor com medo de perdê-lo,
Já perdi um amor por escondê-lo...


Já segurei nas mãos de alguém por estar com medo,
Já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.


Já expulsei pessoas que amava de minha vida,
Já me arrependi por isso...

Já passei noites chorando até pegar no sono,
Já fui dormir tão feliz,
Ao ponto de nem conseguir fechar os olhos...


Já acreditei em amores perfeitos,
Já descobri que eles não existem...


Já amei pessoas que me decepcionaram,
Já decepcionei pessoas que me amaram...


Já passei horas na frente do espelho
Tentando descobrir quem sou,


Já tive tanta certeza de mim,
Ao ponto de querer sumir...


Já menti e me arrependi depois,
Já falei a verdade
E também me arrependi...

Já fingi não dar importância a pessoas que amava,
Para mais tarde chorar quieto em meu canto...


Já sorri chorando lágrimas de tristeza,
Já chorei de tanto rir...

Já acreditei em pessoas que não valiam a pena,
Já deixei de acreditar nas que realmente valiam...

Já tive crises de riso quando não podia...
Já senti muita falta de alguém,
Mas nunca lhe disse...

Já gritei quando deveria calar,
Já calei quando deveria gritar...


Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns,
Outras vezes falei o que não pensava para magoar outros...

Já fingi ser o que não sou para agradar uns,
Já fingi ser o que não sou para desagradar outros...

Já contei piadas e mais piadas sem graça,
Apenas para ver um amigo mais feliz...

Já inventei histórias de final feliz
Para dar esperança a quem precisava...

Já sonhei demais,
Ao ponto de confundir com a realidade...


Já tive medo do escuro,
Hoje no escuro "me acho..me agacho..fico ali"...

Já caí inúmeras vezes
Achando que não iria me reerguer,

Já me reergui inúmeras vezes
Achando que não cairia mais...


Já liguei para quem não queria
Apenas para não ligar para quem realmente queria...

Já corri atrás de um carro,
Por ele levar alguém que eu amava embora.


Já chamei pela mamãe no meio da noite
Fugindo de um pesadelo,
Mas ela não apareceu
E foi um pesadelo maior ainda...

Já chamei pessoas próximas de "amigo"
E descobri que não eram;

Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada
E sempre foram e serão especiais para mim...


Não me dêem fórmulas certas,
Porque eu não espero acertar sempre...

Não me mostre o que esperam de mim,
Porque vou seguir meu coração!...

Não me façam ser o que eu não sou,
Não me convidem a ser igual,

Porque sinceramente sou diferente!...
Não sei amar pela metade,

Não sei viver de mentiras,
Não sei voar com os pés no chão...

Sou sempre eu mesma,
Mas com certeza não serei a mesma para sempre






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SINFONIA DOS BRINQUEDOS - LEOPOLD MOZART




Porque hoje é Domingo!
(para ouvir desligue a música do blog, p.f.)

quarta-feira, 30 de julho de 2008

AQUARELAS DE MARCEL REYNAERT






Envelhecer é o único meio de viver muito tempo.

A idade madura é aquela na qual ainda se é jovem, porém com muito mais esforço.

O que mais me atormenta em relação às tolices de minha juventude, não é havê-las cometido... é sim não poder voltar a cometê-las.

Envelhecer é passar da paixão para a compaixão.

Muitas pessoas não chegam nos oitenta porque perdem muito tempo tentando ficar nos quarenta.

Aos vinte anos reina o desejo, aos trinta reina a razão, aos quarenta o juízo.

O que não é belo aos vinte, forte aos trinta, rico aos quarenta, nem sábio aos cinqüenta, nunca será nem belo, nem forte, nem rico, nem sábio…

Quando se passa dos sessenta são poucas as coisas que nos parecem absurdas.

Os jovens pensam que os velhos são bobos; os velhos sabem que os jovens o são.

A maturidade do homem é voltar a encontrar a serenidade como aquela que se usufruía quando se era menino.

Nada passa mais depressa que os anos.

Quando era jovem dizia: “verás quando tiver cinqüenta anos”. Tenho cinqüenta anos e não estou vendo nada.

Nos olhos dos jovens arde a chama, nos olhos dos velhos brilha a luz
.
A iniciativa da juventude vale tanto quanto a experiência dos velhos.

Sempre há um menino em todos os homens.

A cada idade lhe cai bem uma conduta diferente.

Os jovens andam em grupo, os adultos em pares e os velhos andam sós.

Feliz é quem foi jovem em sua juventude e feliz é quem foi sábio em sua velhice.

Todos desejamos chegar à velhice e todos negamos que tenhamos chegado.

NÃO ENTENDO ISSO DOS ANOS: QUE, TODAVIA, É BOM VIVE-LOS, NÃO TÊ-LOS…

Colaboração: Marcelo Boccaletti

segunda-feira, 28 de julho de 2008

ESPAÇOS VERDES



Ainda existem paraísos no meio do caos!
(ver slide)
A Estufa Fria é um jardim em estufa situado no coração de Lisboa, no Parque Eduardo VII, no local onde, no século XIX, existia uma pedreira, que foi reaproveitada por um modesto jardineiro de forma a albergar diversas espécies vegetais de todo o mundo, que iriam servir no plano de arborização da Avenida da Liberdade. Inaugurada em 1933, com cerca de 1,5 hectares de área, é hoje constituída por três partes, a Estufa Fria propriamente dita, a Estufa Quente e a Estufa Doce, as duas últimas inauguradas em 1975 e destinadas a variadas espécies tropicais e equatoriais. A Estufa Fria é um dos espaços verdes mais aprazíveis da capital, onde se pode desfrutar de agradáveis momentos por entre cactos, lagos, cascatas, regatos, obras de estatuária, viveiros com peixes de água doce ou mesmo um viveiro natural, que transmitem aos seus visitantes uma paz de espírito de excelência.


terça-feira, 8 de julho de 2008

VASO CHINÊS

Uma velha senhora chinesa possuía dois grandes vasos, cada um suspenso na extremidade de uma vara que ela carregava nas costas.
Um dos vasos era rachado e o outro era perfeito. Este último estava sempre cheio de água ao fim da longa caminhada do rio até casa, enquanto o rachado chegava meio vazio.
Durante muito tempo a coisa foi andando assim, com a senhora chegando a casa somente com um vaso e meio de água.
Naturalmente o vaso perfeito era muito orgulhoso do próprio resultado e o pobre vaso rachado tinha vergonha do seu defeito, de conseguir fazer só a metade daquilo que deveria fazer.
Depois de dois anos, reflectindo sobre a própria amarga derrota de ser 'rachado', o vaso falou com a senhora durante o caminho: 'Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que eu tenho faz-me perder metade da água durante o caminho até a sua casa...'
A velhinha sorriu:
Reparaste que lindas flores há somente do teu lado do caminho? Eu sempre soube do teu defeito e portanto plantei sementes de flores na beira da estrada do teu lado. E todos os dia, enquanto a gente voltava, tu regava-las.
Durante dois anos pude recolher aquelas belíssimas flores para enfeitar a mesa. Se tu não fosses como és, eu não teria tido aquelas maravilhas na minha casa.
Cada um de nós tem o seu próprio defeito. Mas é o defeito que cada um de nós tem, que faz com que nossa convivência seja interessante e gratificante.
É preciso aceitar cada um pelo que é... E descobrir o que há de bom nele.'


E-mail recebido, que contém uma grande lição.

domingo, 6 de julho de 2008

FALEMOS DE...

No dia 12 de maio de 2008, aos 98 anos, morreu Irena Sendler (pseudónimo: Jolanta). Nasceu em 15 de fevereiro de 1910 em Otwocki - Polônia.


Irena Sendler
A mãe das crianças do Holocausto



Enquanto a figura de Óscar Schindler era aclamada pelo mundo graças a Steven Spielberg, que se inspirou nele para rodar a película que conseguiria sete prémios Oscar em 1993, arrando a vida deste industrial alemão que evitou a mortede 1.000 judeus nos campos de concentração,
Irena Sendler continuava a ser uma heroína desconhecida fora da Polónia e apenas reconhecida no seu país por alguns historiadores, já que, nos anos de obscurantismo comunista, tinham apagado a sua façanha dos livros oficiais de história.
Além disso, ela nunca contou a ninguém nada de sua vida durante aqueles anos.
Contudo, em 1999 a sua história começou a ser conhecida, curiosamente, graças a um grupo de alunos de um instituto do Kansas e ao seu trabalho de final de curso sobre os heróis do Holocausto.
Na sua investigação conseguiram muito poucas referências sobre Irena.
Só tinham um dado surpreendente: tinha salvo a vida de 2.500 crianças. Como era posssível que houvesse tão escassa informação sobre uma pessoa assim?
A grande surpresa chegou quando, depois de procurar o lugar da tumba de Irena,
descobriram que não existia a dita tumba, porque ela ainda vivia, …e de facto ainda vive… Hoje é uma anciã de 97 anos que reside num asilo do centro de Varsóvia, num quarto onde nunca faltam ramos de flores e cartas de agradecimento,procedentes do mundo inteiro.
Quando a Alemanha invadiu o país em 1939, Irena era enfermeira no Departamento de Bem-estar Social de Varsóvia,o qual administrava as cozinhas sociais comunitárias da cidade.
Em 1942, os nazis criaram um ghetto em Varsóvia. Irena, horrorizada pelas condições em que se vivia ali, uniu-se ao Conselho para a Ajuda de Judeus.
Conseguiu identificações da repartição de saúde, uma de cujas tarefas era a luta contra as doenças contagiosas.
Como os alemães invasores tinham medo de uma possível epidemia de tifo, permitiam que os polacos controlassem o recinto.
De imediato se pôs em contacto com as famílias às quais lhes ofereceu levar os seus filhos para fora do ghetto…
Mas não lhes podia dar garantias de êxito.
Era um momento horroroso, devia convencer os pais de que lhe entregassem os seus filhos, e eles preguntavam-lhe:
"Podes prometer-me que o meu filho viverá…?"
…mas que podia alguém prometer, quando nem sequer se sabia se conseguiriam sair do ghetto?
As mães e as avós não queriam separar-se dos seus filhos e netos. Irena entendia-as muito bem, pois ela mesma era mãe, e sabia perfeitamente que, de todo o processo que ela levava a cabo com as crianças, o momento mais duro era o da separação.
Algumas vezes, quando Irena ou as suas ajudantes voltavam para visitar as famílias e tentar fazê-las mudar de opinião, descobriam que todos tinham sido levados de comboio para os campos da morte.
Cada vez que lhe acontecia algo deste género, lutava com mais força por salvar mais crianças.
A única certeza era que as crianças morreriam, se permanecessem nele.
Começou a tirá-los em ambulâncias como vítimas de tifo, mas de imediato se valeu de tudo o que estava ao seu alcance para escondê-los e tirá-los dali:
caixotes de lixo, caixas de ferramentas, carregamentos de mercadorias, sacos de batatas, ataúdes... nas suas mãos qualquer elemento se transformava numa via de escape. Conseguiu recrutar pelo menos uma pessoa de cada um dos dez centros do Departamento de Bem-estar Social.
Com a sua ajuda, elaborou centenas de documentos falsos com assinaturas falsificadas
dando identidades temporárias às crianças judias.
Irena vivia os tempos da guerra pensando nos tempos da paz.
Por isso, não lhe bastava somente manter essas crianças com vida.
Queria que um dia pudessem recuperar os seus verdadeiros nomes, a sua identidade, as suas histórias pessoais, as suas famílias.
Então, ideou um arquivo em que registava os nomes das crianças e das suas novas identidades.
Anotava os dados em pequenos pedaços de papel e guardava-os dentro de frascos de conserva
que depois enterrava debaixo de uma macieira no jardim do seu vizinho.
Ali guardou, sem que ninguém o suspeitasse, o passado de 2.500 crianças… até que os nazis se foram embora.
Mas um dia os nazis souberam das suas actividades.
Em 20 de Outubro de 1943, Irena Sendler foi detida pela Gestapo
e levada para a prisão de Pawiak, onde foi brutalmente torturada.
Num colchão de palha da sua cela, encontrou uma estampa de Jesus Cristo.
Conservou-a como o resultado de um acaso milagroso naqueles duros momentos da sua vida,
até ao ano de 1979, em que se desfez dela e a obsequiou a João Paulo II. Irena era a única que sabia os nomes e as direcções das famílias que albergavam as crianças judias; suportou a tortura e recusou-se a atraiçoar os seus colaboradores ou qualquer das crianças ocultas.
Quebraram-lhe os pés e as pernas além de lhe imporem inumeráveis torturas. No entanto, ninguém pôde quebrar a sua vontade.
Assim, foi sentenciada à morte.
Uma sentença que nunca se cumpriu, porque a caminho do lugar da execução, o soldado que a levava, deixou-a escapar.
A resistência tinha-o subornado, porque não queriam que Irena morresse com o segredo da localização das crianças.
Oficialmente figurava nas listas dos executados, daí que, a partir de então, Irena continuou a trabalhar, mas com uma identidade falsa.
Ao findar a guerra, ela mesma desenterrou os frascos e utilizou as notas para encontrar as 2.500 crianças que colocou em famíilias adoptivas.
Reuniu-os aos seus parentes disseminados por toda a Europa, mas a maioria tinha perdido os seus familiares nos campos de concentração nazis.
As crianças só a conheciam pelo seu nome chave: Jolanta.
Anos mais tarde, a sua história apareceu num periódico acompanhada de fotos suas da época. Várias pessoas começaram a chamá-la para dizer-lhe:
“Recordo a tua cara …sou uma dessas crianças, devo-te a minha vida, o meu futuro e gostaria de ver-te…”
Irena tem no seu quarto centenas de fotos com algumas daquelas crianças sobreviventes ou com filhos delas.
O seu pai, um médico que faleceu de tifo, quando ela era ainda pequena, inculcou-lhe o siguinte:
“Ajuda sempre o que se está a afogar, sem levar em conta a sua religião ou nacionalidade.
Ajudar cada dia alguém tem que ser uma necessidade que saia do coração”.
Irena Sendler leva anos presa a uma cadeira de rodas, devido às lesões que suportou pelas torturas sofridas às mãos da Gestapo.
Não se considera uma heroína.
Nunca se atribuiu crédito algum pelas suas acções.
Sempre que a interrogam sobre o assunto, Irena diz:
"Poderia ter feito mais, e este lamento continuará comigo até ao dia em que eu morrer."
“Não se plantam sementes de comida. Plantam-se sementes de bondades.
Tratem de fazer um círculo de bondades, estas vos rodearão e vos farão crescer mais e mais”.

Irena Sendler
Recebido por e-mail

domingo, 22 de junho de 2008

UM DIA ESPECIAL

" Ser mãe é andar chorando num sorriso!
Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!
Ser mãe é padecer num paraíso! "
- Coelho Neto -
Já fui mãe duas vezes. Depois dessa experiência pude, finalmente, entender a profundidade destes três versos de Coelho Neto. E como eles são verdadeiros! Já senti tudo isso e posso dizer que foram os dias mais felizes da minha vida. O primeiro teve uma curta passagem por este mundo mas vive no meu coração. O mais novo foi um bálsamo enviado por Deus para ajudar a sarar as minhas feridas, e será sempre.
Fez na passada quinta-feira, dia 19, trinta e dois anos. Não vim aqui nesse dia porque não tive condições, mas o coração de mãe não esquece.
Filho, amor da minha alma, que rasgaste o meu ventre e me chamaste à vida, quantas vezes transformaste o meu choro em riso! Quantas vezes os teus pequenos bracinhos me envolveram com ternura e me fizeste sentir no paraíso! Ofereço-te um texto dum livro muito pequenino mas com muito valor:
VAI, COM O MEU AMOR
Meu querido filho - gosto de ti, amo-te tal como és. Mas guardo nomeu coração todos os filhos que tens sido ao longo dos anos - e gosto deles e amo-os a todos. Partilho a tua vida, e estou mais próxima por isso.
......
Levas o meu amor contigo a locais que nunca verei, a tempos que nunca conhecerei. É assim que o amor sobrevive. (Para um Filho muito especial)
Parabéns, meu Filho!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

O DIÁRIO DA NOSSA PAIXÃO




Este romance mostra duas perspectivas de um grande amor, de uma grande paixão que não acaba com o passar dos anos, mas que tem de se adaptar as diferentes fazes da vida, e ás partidas que a vida nos prega e das quais não podemos fugir. A história começa com um simples amor de verão entre dois jovens de classes sociais diferentes, o Noah e a Allie, e que se transforma numa linda historia de amor travada pela família dela. Depois de uma série de desencontros, e de uma decisão drástica da família de Allie em colocar um fim naquele relacionamento, o jovem casal é então afastado durante uma série de anos. Um certo dia, Allie volta a ter noticias de Noah através de um jornal, o que vai reavivar a sua memoria e mais importante do que isso, vai reavivar a sua paixão escondida, e agora também mais uma vez proibida, uma vez que Allie está noiva de um jovem que pertence a uma das famílias mais importantes da época. Mas o que eles viveram no passado foi forte, e pelo menos mais uma vez ela terá de ver Noah, para poder prosseguir com a sua vida, esse pensamento não a deixa, até ao dia em que decide finalmente ir ao encontro dele. O tão esperado encontro corre como o esperado, o falar do passado, o recordar uma história vivida, mas o esconder de algo que ainda existe. Quando Allie decide voltar no dia seguinte a casa de Noah, é então consumada a verdadeira paixão dos dois quando se entregam nos braços um do outro. Neste momento levanta-se um grande dilema, ficar com o Noah ou continuar os seus planos futuros de casar com o noivo. A escolha cai certamente sobre Noah, era impossível deixar fugir aquilo que lhes escapou por entre os dedos há alguns anos atrás. Fala-se agora da segunda perspectiva que este livro aborda, que é o de um amor de uma vida, preenchida de tudo o que dois jovens apaixonados têm direito, preenchida com recordações, filhos e com um amor que apesar da idade não se apaga, e que se vê ameaçado por um terrível mal: a doença de alzheimer. Esta doença apesar de não ser vista com a frieza de muitas das doenças mortais existentes, é bastante cruel no aspecto em que rouba o que de mais bonito existe no ser humano, que é a sua memória e as suas recordações. Então de repente, vemo-nos perante o amor de um casal perto do fim da sua vida, e da tentativa constante de voltar a proporcionar ao outro momentos mágicos como tantos outros que já existiram. Ele, que acompanha a sua esposa nesta luta contra a sua doença, apesar de ele próprio também sofrer de vários males próprios da sua idade, mas que todos os dias lhe lê de um livro já meio gasto uma linda historia de amor, na esperança que a faça então recuperar nem que por breves instantes, essa mesma historia. É então que no fim deste fantástico livro, ficamos a saber que o idoso que todos os dias se aproxima daquela senhora e lhe lê uma linda história de amor, é Noah que vê agora Allie, o amor da sua vida com a terrível doença de alzheimer, e todos os dias lhe lê a historia de amor deles na esperança de a ajudar nem que seja por uns breves instantes a recordar também ela essa história de amor. É um livro com uma historia de vida fantástica, com tudo o que podemos encontrar nos nossos dias, e que aborda num pequeno numero de folhas, duas fantásticas lições de vida a não esquecer, e que nos faz lembrar que a vida é sem duvida para ser vivida no seu pleno pois apenas temos uma e não sabemos até quando...


Baseado no best-seller de Nicholas Sparks, O Diário da Nossa Paixão é uma história com uma força delicada e comovente, uma beleza surpreendente e arrebatadora.

REALIZADOR
Nick Cassavetes

INTÉRPRETES
James Garner, Gena Rowlands, Joan Allen, Ryan Gosling, Rachel McAdams.


domingo, 1 de junho de 2008

DIA INTERNACIONAL DA CRIANÇA

Hoje é o Dia de dizermos aos nossos filhos e netos quanto são felizes por terem família e casa,
por irem à escola, aprender a ler e a escrever,

por terem alimento com fartura,



por serem saudáveis e terem amigos,

por terem amor e um ombro que os proteje,


quando muitos, ao redor do mundo, mendigam e são ignorados;


quando muitos se arrastam procurando sobreviver ,comendo restos


quando muitos são torturados até à morte por causa da guerra.
Hoje é o Dia da Criança! Ensinemos coisas lindas aos nossos filhos e netos; hoje é um dia de festa, com música, doces, muitos doces, muita alegria, para que os nossos filhos e netos se sintam felizes. Mas não nos esqueçamos de lhes dizer que amanhã, depois de amanhã e todos os dias, até ao fim do ano, são dias das crianças, porque elas não comem só hoje, não querem ser lembradas só hoje. Todos os dias sofrem, todos os dias choram e todos os dias morrem. E o que é mais triste, é que são esses adultos, que inventaram e festejam o Dia Internaconal da Criança... Um dia elas vão descobrir...
Hoje é o Dia Internacional da Criança! Quem me dera poder acreditar que um dia este DIA será todos os dias!





sexta-feira, 23 de maio de 2008

LIVROS QUE NÃO ESQUECEM


-O Tempo Seta-
"...Quanto tempo demorei a reparar no tempo?Não muito. Devia ter uns sete anos. Lembro-me de um tarde cinzenta e ventosa, o vento sul entrava por baixo da janela e esfriava o quarto. Eu estava a meter os livros na pasta, para o dia seguinte. De repente, pensei: este dis já passou e nunca mais voltará. Tudo o que vi, senti, sofri e ouvi desapareceu para sempre. Cada pôr do Sol é um pequeno passo para a morte.
Foi a partir de então que comecei a ver de uma forma diferente cada pessoa que encontrava. Havia a pessoa e, a seu lado, um pequeno poço. Esse poço ficava perto da cama e cada enardecer engolia o dia que tinha passado. Havia poços quase vazios, como o meu e o dos meus irmãos, e poços já cheios, como o dos avós. Os poços quase cheios faziam-me chorar.
A partir daí, a ansiedade foi a minha fiel companheira."
Extraído do Livro Cada palavra é uma semente - pag.13

domingo, 18 de maio de 2008

MÚSICAS

M. estes são os endereços das músicas que fiquei de enviar-te:

http://belita.org/BELITA%2003%20MUSIC.htm

http://br.geocities.com/portugal_musical/musicas.htm

Este é novo. Explora-o bem porque podes escutar interpretações de todos os artistas que estão na lista da esquerda! http://jorgesilva.bloguedemusica.com/r253/Alfredo-Marceneiro/

Este é o endereço do blog: http://www.vieiradecampos.blogspot.com/ . Já experimentei e abri, como costumas fazer

Tenta. Boa sorte!

https://www.malhanga.com/musicafrancesa/becaud/au_revoir/

    Se fosses luz serias a mais bela   De quantas há no mundo: – a luz do dia! – Bendito seja o teu sorriso Que desata a inspiração Da minha...