O outono já chegou - aos arrufos do vento
as folhas num desmaio embalam-se pelo ar...
- vão caindo... caindo... uma a uma, em desalento
e uma a uma, lentamente, vão no chão pousar...
O céu perdeu o azul - vestiu-se de cinzento
e envolveu na neblina a luz baça do luar...
- na alameda onde vou, de momento
a momento, há um gemido de folha a cair e a expirar...
O arvoredo transpira as carícias dos ninhos,
e o vento a cirandar na curva das estradas
eleva o folhareu no espaço em redemoinhos...
Há um córrego a levar as folhas secas em bando...
- e à aragem que soluça entre as ramas curvadas,
parece que o arvoredo em coro está chorando!...
J.G. de Araújo Jorge
as folhas num desmaio embalam-se pelo ar...
- vão caindo... caindo... uma a uma, em desalento
e uma a uma, lentamente, vão no chão pousar...
O céu perdeu o azul - vestiu-se de cinzento
e envolveu na neblina a luz baça do luar...
- na alameda onde vou, de momento
a momento, há um gemido de folha a cair e a expirar...
O arvoredo transpira as carícias dos ninhos,
e o vento a cirandar na curva das estradas
eleva o folhareu no espaço em redemoinhos...
Há um córrego a levar as folhas secas em bando...
- e à aragem que soluça entre as ramas curvadas,
parece que o arvoredo em coro está chorando!...
J.G. de Araújo Jorge
2 comentários:
Olá Nokinhas, então aqui vai de novo. O exito proporciona-nos muitas coisas mas não aquele algo de grandioso que é a amizade nos dá.Como não tenho conhecimentos literários para responder ao que escreveste, aqui fica uma palavra de carinho e prossegue e desenvolve cada vez mais essa veia da escrrita. Bjs
Um poema de acordo com o tempo. Um grande poeta brasileiro. Gostei.
Esta visita já tardava mas nem sempre há oportunidade.
Bjs
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