Resumo histórico de Mosteiro de Fráguas
Mosteiro de Fráguas dista 8 km de Tondela, sede de concelho. Esta freguesia engloba os lugares de Mosteiro, Fráguas e Ribeiro. Os seus habitantes encontram na agricultura a base da sua economia, produzindo milho, batata, vinho e frutas, nestas terras banhadas pelo rio Dinha, afluente do Dão, a construção civil e o comércio suportam a economia a par com a agricultura. O padroeiro da freguesia é O Divino Salvador, celebrado anualmente nos inícios de Agosto.
Do passado da freguesia pouco se conhece mas, durante a remodelação da igreja de S. Salvador, foi descoberta uma árula que conserva ainda hoje, duas linhas de inscrição primitiva, que deve datar dos finais do Sec. I ou inícios do II, remontando a origem desta povoação pelo menos até à ocupação romana. A mais antiga documentação escrita relativa a Mosteiro de Fráguas data de 1111 e é uma carta ou escritura de venda, na qual D. Goda Eitaz vende ao Bispo de Coimbra, D. Gonçalo, a sua parte na “villa” de Fráguas com a de seu irmão Eita; de 1129 existe uma outra carta de venda de uma herdade em “Fravegas”, feita por Pedro Leovigildo e demais familiares a D. Bernardo, Bispo de Coimbra, junto ao Mosteiro de S. Salvador, “abaixo do Monte Alcoba, território de Coimbra”. Nas inquirições de 1258 aparecem várias referências ao “monasterio quod vocur de Fravegas” e, nas de 1288 aparece também a “parochia Sancti Salvatoris de Fravegas”. Da análise das inquirições de 1258 deduz-se que a terra não era privilegiada e imune, apesar da existência do “mosteiro”; os homens do mosteiro pagavam voz e coima e quando convocados, deviam deslocar-se ao “concilium” a Molelos, sob pena de poderem comparecer a juízo. Mosteiro de Fráguas foi da apresentação do bispo, no antigo concelho de Besteiros. Nas Inquirições de D. Afonso III é referido que o padroado da Igreja de Fráguas era da representação dos paroquianos, mas que D. Pedro, Bispo de Viseu, se apoderara da Igreja pela força.
No Sec. XIV, à semelhança do que aconteceu noutras freguesias da região, começam a surgir os grandes donatários: D. Henrique Manuel de Vilhena, conde de Seia, Martin Vasques da Cunha, o Infante D. Henrique e D. Manuel, Duque de Bejae futuro d. Manuel I que, por sua vez doou a D. Diogo Pereira, segundo Conde da Feira.
O lugar de Ribeiro tira a sua designação do rio Dinha, que a estrada transpõe sobre uma ponte de forte pedraria, com dois grandes arcos e pilar talhamar.
A Igreja de Mosteiro de Fráguas é formada de uma só nave e possui um campanário, de feição arcaica, com recorte quadrangular onde se abrem duas sineiras debroadas a meia altura por cornija em volta; no seu interior existe um vasto conjunto de quadros, alguns do Sec. XVII e XVIII, como é o caso do “S. Pedro” e do “S. João Baptista”. Em Fráguas existe o solar dos Calheiros Bandeira, com fachadas de estilo rústico antigo; no seu terreiro, ergue-se o padrão senhorial, símbolo dos antigos privilégios.
Cópia do texto “Nota descritiva”do Processo de Ordenação Heráldica elaborado pela Junta de Freguesia à data de 02/02/2001.
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Tomei a liberdade de copiar fotos e mais informação do blogue :http://sol.sapo.pt/blogs/mosteirofraguas/default.aspx para fazer este slide.
Não conheço Mosteiro de Fráguas, mas gostaria de lá ir, pois a nossa terra está cheia de belos cantinhos para ver.
1 comentário:
Olá,
Não pude deixar de comentar o seu post, após a visita ao seu cantinho...
Desde já agradeço, a sua disponibilidade em colocar esta referência a Mosteiro de Fráguas.
Fico feliz! pelo menos uma pessoa se interessou em descobrir, e com desejos de conhecer este pequeno mas belo cantinho do interior do país.
Desde já lhe sugiro, a visita a um outro blog (com mais post´s) sobre Mosteiro de Fráguas : http://sol.sapo.pt/blogs/mosteirofraguas/default.aspx
Fica desde já convidada a visitar Mosteiro de Fráguas, que por cá encontrará quem um café pagará!
Até sempre,
"Simplesmente Maria"
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