quarta-feira, 30 de abril de 2008

CONVIDEI O SOL

O sol assomou devagarinho à minha janela, com seu ar sorridente, traquina mas um pouco envergonhado... Sorri-lhe também, abri-lhe os braços, disse-lhe que era sempre bem-vindo e convidei-o a entrar. Sentou-se a meu lado, na minha cama. Eu estava feliz por ele estar ali, e ele também, por me ver feliz. Toda a natureza lá fora comungou do nosso sentimento: as aves que povoam o quintal, saltintando de galho em alho, deitando olhares travessos e até aventurando poisar no parapeito da janela em busca de migalhas de pão; as flores, abrindo as suas pétalas, tinham as cores mais garridas; os insectos zumbiam, de cá para lá, atarefados com o seu trabalho e os barcos deslizavam no rio, reflectindo-se nas àguas prateadas. Tudo estava feliz por causa do sol e eu também pois ele afugentou os meus fantasmas, aqueceu e purificou a minha alma. Quem não sentiu já isso?... Conversamos como dois bons e velhos amigos e assim permanecemos durante muito tempo. Quando chegou a hora do sol partir convidei-o a ficar. Então o sol passou a noite na minha casa.


2 comentários:

Anónimo disse...

a natureza nunca nos decepciona.

(acabei de "refilar" contigo no meu blog por nao teres deixado o link do teu blog mas la o achei por entre portas e travessas)

beijinhos

leonoreta

Joseph 1 disse...

Leonor
Olá

Mas que bonito texto. Haja alegria, que tristezas não pagam dívidas.

Gostei muito de te sentir uma pessoa com pensamentos positivos.

Beijinhos ternos, querida amiga;)**

https://www.malhanga.com/musicafrancesa/becaud/au_revoir/

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