terça-feira, 8 de novembro de 2005

LIANOR




Decidida vai para o emprego
Lianor pela estrada
Vai formosa e mui cuidada.
Leva na mão a maleta
E caminha, direitinha.
Ó Lianor, se eu fosse a ti
Baixava mais a saínha…
Bem si que tens boa perna
E o que é bom é para mostrar…
Mas mulher, tu tem tino…
Deixa o homem trabalhar!
Não te reboles tanto
Nem sejas tão presunçosa,
Não precisas dar nas vistas,
Já sabemos que és formosa!
Não sejas provocadora,
Troca lá de sapatinhos
Vê se andas como gente
Em vez de andares aos saltinhos!
Lianor, tu tem vergonha,
O homem não pára de olhar…
Olha, depois não te queixes
Que eu não estou p’ra te aturar!
O rapaz que está a ler,
Completamente alheado,
Com a distracção do outro
Ainda acaba atropelado!
Ó Lianor, olha tu poupa-me
Que eu não te quero dizer
Aquilo que penso de ti
Para não me aborrecer!
Amanhã tu vê se vens
Vestidinha de outro jeito.
Pensa bem no que te digo,
Vê se te dás ao respeito!
Concurso do Escritor Famoso

6 comentários:

José Gomes da Silva disse...

Há Lianores irresistíveis, de facto. Deixa-as andar, com aqueles sapatos e as saias curtas, sabendo muito antes de se vestirem ou de se calçarem o impacto que vão causar. Com tino ou sem ele, com presunção ou sem ela, provocando atropelamentos ou índices de produtividade reduzidos, deixa-as andar. São mulheres que gostam de o ser. Femininas. As consequências disso são fruto das hormonas, nada mais. E as hormonas são instrumentos maravilhosos que, quando afinados com a orquestra, produzem sempre obras em tónicas Maiores.

Achei piada ao poema. Disseste estar publicado mas não revelaste a autoria...

Bjs

GNM disse...

É um poema bem giro!

Boa sorte para o concurso.

Continua a sorrir!

Leonor disse...

ola andorinha
que historia e essa do escritor famoso

conta-me tudo

o poema esta giro, giro

beijinhos da leonor

Leonor C.. disse...

Para o Furão Indiscreto:

O poema é meu. Se não fosse estaria identificado.

Para GNM:

Obrigada! Vamos a ver se não choro...

Para a Leonoretta:

Amiga, tens detalhes no mail...
Gostei que gostasses do poema. No final, sempre é uma Lianor...

Bjs.

Heavenlight disse...

O que é isso do escritor famoso?

António disse...

Poema de leitura fácil, apreensão imediata, pleno de humor.
É assim que eu gosto!
Tolentino, Bocage, Junqueiro.

Obrigado pela visita.
E pelo comentário.
Curioso que tenho recebido os pareceres mais variados sobre o final da história.
Mas juro-te que não vou fazer como os gajos da Globo que filmam n finais e lançam para o ar aquele que a maioria prefere.
É a anti-cultura!

Beijinhos

https://www.malhanga.com/musicafrancesa/becaud/au_revoir/

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