sábado, 19 de novembro de 2005

A VIDA

Por entre o silêncio das horas escoa-se a vida num ritmo imparável de transmutações. Os dias sucedem-se deixando para trás alegrias e tristezas e na boca um travo a saudade. As perguntas sem resposta assomam aos nossos lábios e a mente, inquieta, arquitecta projectos talvez irrealizáveis mas que servem de lenitivo para as frustrações duma vida com muitos atalhos e encruzilhadas sem, contudo, ter encontrado o caminho almejado. A vida é uma incógnita. Sabe-se como começa, nunca como termina Mas no durante em que se vive há que beber de todas as fontes que nos possam saciar a sede de felicidade. O amor é a seiva da vida e a vida é uma partilha e, como tal, é assim que deve ser vivida. De outra forma será um longo deserto a percorrer em infinita solidão.

9 comentários:

Henrique Santos disse...

Totalmente de acordo... BFS
Bjinhos Ricky

António disse...

Obrigado pela visita ao meu blog.
Não tens carta de condução?
Eu posso vender-te uma, barata.
Fresquinha, vinda de S. Tomé!
ah ah ah

Este teu texto levou-me a pensar que estou em vias de ter de tomar uma daquelas decisões importantes na vida das pessoas:
Pré-reforma ou não?
A partir de 2ª feira começo a recolher informação, pensar, calcular, negociar.
Para depois decidir.

Beijinhos

José Gomes da Silva disse...

"O amor é a seiva da vida"
Para que esta frase não passe de um lugar-comum defendo que ele tem de ser arrebatador, exactamente como já não se "usa" hoje.
Se não for assim correremos mesmo o risco de ter que "percorrer um longo deserto (de monotonia, tédio, e fachada) em infinita solidão". Na maioria dos casos é assim, ou não é?

Só vejo camelos e areia. Espera! Não! Vejo também multidões...

Bjs

Manel do Montado disse...

Tinha perdido o teu link. Ainda bem que passaste pelo montado, infelizmente por um motivo triste, mas sê bem-vinda na mesma.
Os meus sinceros agradecimentos pela mensagem de homenagem à memória do meu camarada de armas.
O teu texto diz muito do que me vai pela alma hoje e condiz com o dia que está, real e na fotografia.
É Ponta Delgada não é?
Beijo e volta sempre, já não te perco o link.

Elipse disse...

A vida tem sempre vérios caminhos.
Os caminhos da tristeza resultam em textos assim, mas acredito que é mais o efeito do outono. E da tua sensibilidade que se traduz em construções bonitas.

Sr. Jeremias disse...

Dia após dia vamos fazendo escolhas, e é a essas escolhas que dou o nome de vida.

Cada vez mais, somos aquilo que vivemos.

Amigo de Alex disse...

A vida é uma partilha, logo incompatível com a solidão do deserto. Obrigado por teres partilhado da tua visão da vida neste magnifico texto.
Tem uma boa semana.
Um beijo.

Avozinha disse...

E quem faz nascer flores no deserto?

Leonor C.. disse...

Para Manel do Montado:

Açores, sim. Mas não sei se é Ponta Delgada.

Não percas outra vez!...

Bjs.

https://www.malhanga.com/musicafrancesa/becaud/au_revoir/

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